Não pode valer tudo

<i>Zon/TV</i> Cabo rouba nos salários

A Zon/​TV Cabo, em con­luio com o Go­verno, pre­tende roubar, du­rante seis meses, 35 euros nos sa­lá­rios men­sais dos seus tra­ba­lha­dores das lojas do Porto para pagar ma­te­rial que ale­ga­da­mente falta nesses es­ta­be­le­ci­mentos. No re­cibo de Se­tembro esse roubo já se ve­ri­ficou.

No dia 1 de Se­tembro, antes da con­cre­ti­zação desta ile­ga­li­dade, o PCP, aler­tado pelos tra­ba­lha­dores, ques­ti­onou o Go­verno através do seu Grupo Par­la­mentar sobre a então ainda ameaça de roubo nos sa­lá­rios dos tra­ba­lha­dores das lojas com vín­culo à em­presa CRH, de alu­guer de mão-de-obra. Na res­posta do Mi­nis­tério da Eco­nomia e Em­prego, após acção ins­pec­tiva da Au­to­ri­dade para as Con­di­ções de Tra­balho, re­co­nhece-se pre­ci­sa­mente a pre­tensão da re­ti­rada ilegal de 35 euros nos sa­lá­rios, du­rante meio ano.

A cons­ta­tação do facto não levou no en­tanto a qual­quer acção con­creta para im­pedir a ile­ga­li­dade, acusa o PCP (numa nota da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Porto emi­tida no dia 20), con­si­de­rando que assim o Go­verno é também cúm­plice da re­pressão e ile­ga­li­dade que reina em muitos lo­cais de tra­balho.

Este exemplo, que su­cede com tra­ba­lha­dores com li­gação à CRH, que tem «pro­blemas também com ou­tros tra­ba­lha­dores co­lo­cados nou­tras em­presas e que ainda este ano en­trou em pro­cesso de in­sol­vência» – evi­dencia também, para o PCP, a forma como este tipo de em­presas é uti­li­zada para «sugar di­reitos e tentar roubar di­reitos aos tra­ba­lha­dores». Mas o facto de os tra­ba­lha­dores em causa terem li­gação à CRH não iliba de res­pon­sa­bi­li­dades a ZON/​TV Cabo, «a quem se impõe também que in­ter­venha na re­po­sição da le­ga­li­dade», acres­centam os co­mu­nistas.

No co­mu­ni­cado, o PCP in­forma que in­ter­veio no­va­mente na As­sem­bleia de Re­pú­blica exi­gindo que o Go­verno ac­cione, com ca­rácter de ur­gência, todos os me­ca­nismos para a re­po­sição dos 35 euros rou­bados no sa­lário dos tra­ba­lha­dores.



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